MAIS POUPANÇA

Onde investir o reembolso do IRS?

Vai receber reembolso do IRS e não sabe o que fazer ou onde aplicar o dinheiro?

É tudo uma questão de prioridades. Algumas famílias reservam este dinheiro para pagar despesas habituais como é o caso dos seguros (do carro, mota, saúde, casa, etc) ou para quem tem habitação própria, como é o caso do IMI.

Depois há pessoas que guardam este dinheiro para as férias (para terem umas férias mais “descansadas” pois sabem que nesta altura existem mais gastos do que no período normal).

Há algumas famílias que pensam uns meses mais para a frente, isto é, para o início letivo, e que é sempre uma grande dor de cabeça para os pais (entre livros escolares, material ou roupa, a fatura é extensa).

Por sua vez, há pessoas que utilizam este dinheiro para criar um fundo de emergência, ou seja, para eventuais imprevistos que possam surgir.

Cada caso é um caso, por isso, deve analisar a sua situação e definir qual é a sua prioridade.

De seguida irá encontrar algumas dicas/sugestões onde pode utilizar o seu reembolso de IRS.

Liquidar dívidas / créditos

Se recebeu um dinheiro extra, a primeira coisa que deve fazer é liquidar as dívidas que tem. Tem alguma fatura em atraso? Tem um crédito pessoal, de habitação ou outro? Caso seja um crédito de um valor elevado pode não dar para liquidar o valor em dívida, mas pode amortizar uma parte, ou seja, reduz o valor que está em dívida

Criar ou aumentar o fundo de emergência

Pode não parecer, mas este ponto é bastante importante. Nem todas as pessoas têm a possibilidade de criar ou aumentar o seu fundo de emergência, mas quem tiver essa oportunidade pense seriamente nisso.

É verdade que imprevistos acontecem e se não tivermos preparados pode ser um grande problema. Imagine que tem um problema de saúde onde terá despesas médicas acima do normal, o seu carro está com uma avaria e arranjo é bastante caro, um aparelho/eletrodoméstico em sua casa deixou de funcionar e não tem arranjo, ficou desempregado/a, são tantas as situações que podem ocorrer.

É importante estarmos preparados para estes imprevistos e, por essa razão, os especialistas dizem que devemos ter um fundo de emergência de pelo menos seis salários que permita cobrir as despesas normais durante 6 meses. Se achar que faz sentido para si, esse valor pode ser superior, os 6 meses é apenas uma indicação.

Uma questão importante é que não deve ter este dinheiro “parado”, mas sim, disponível para qualquer imprevisto. Isto é, a sugestão é ter este dinheiro num depósito a prazo, por exemplo, em que tem garantia do capital seguro e ainda ganha alguns juros sobre isso. No entanto, atenção ao deposito a prazo que vai fazer, ou seja, deve escolher uma opção em que possa resgatar a totalidade ou parte desse valor a qualquer momento ou numa questão de horas.

O objetivo do fundo de emergência é ter o dinheiro “acessível” para quando precisar. Há várias soluções no mercado que não permitem o resgate do valor investimento no momento, por isso, deve ter muita atenção onde vai colocar o seu dinheiro.

Criar ou aumentar uma poupança

Já tem uma poupança? Se sim, é um bom sinal. Nesse caso, pode optar por reforçar essa conta poupança ou criar uma nova.

Existe também a possível de investir num PPR, não sei se já tinha pensado nessa hipótese. Um PPR pode ser visto com um pé de meia para a sua reforma. Não sei qual é a sua idade nem quanto tempo falta para chegar à reforma, mas tem noção que não irá receber o mesmo que recebe hoje em dia. Para os mais novos até se coloca a questão de “Será que vai haver dinheiro quando chegar à idade da minha reforma?”

Para prevenir essas duas situações, pode optar por um PPR. Existem vários PPRs, é uma questão de analisar um pouco o mercado e escolher qual será o melhor para si.

Ao subscrever um PPR, no ano seguinte também poderá incluir no IRS e caso pretenda, poderá ter benefícios por ter esse PPR.

Se prefere pensar mais a curto / médio prazo, para além dos depósitos a prazo, poderá optar pelos Certificados de Aforro.  Continuam a ser boa opção, em alguns casos ainda dão mais que os depósitos a prazos e têm a vantagem que após os primeiros três meses pode resgatar o dinheiro caso necessite. Para além disso, o valor mínimo para subscrever um certificado de aforro é de 100€ e permite reforços, em qualquer momento, com um mínimo de 10€.

Para aquelas pessoas que têm receio perder o seu dinheiro e, não lidam bem com risco, os depósitos a prazo ou os certificados de aforro são uma boa opção.

Investir em si (em formações, cursos, por exemplo)

Já pensou em utilizar o dinheiro do reembolso do IRS para investir em si? Se calhar nunca pensou nisso, mas é uma opção bastante válida.

Gostava de seguir os seus estudos, tirar um mestrado, uma pós-graduação, mas não está na sua lista de prioridades. Se não investir em si, ninguém vai fazê-lo por si.

Aproveite esta oportunidade para investir no seu conhecimento!